sábado, 11 de agosto de 2012

Te amo, pai

Geraldo de Melo ou Didil para os íntimos! =)


Hoje é mais um daqueles dias inventados pelo capitalismo. Tem gente que diz que esses “dias comemorativos”  não tem significado e que, tendo como exemplo o dia de hoje, o dia dos pais é todo dia. Ok! Respeito essas e outras opiniões, mas cá pra nós, se esse dia não existisse os pais só ganhariam presente, carinho e almoço em família no aniversário e no natal? Quem sabe na páscoa? Olha, mais dias em que o capitalismo aparece com suas várias formas de te fazer gastar.

Independente se você gosta do dia ou não, abrace seu pai, beije, ame. Não só hoje, mas todos os dias! Eu, hoje, quero me lembrar apenas das coisas boas ao lado do meu pai, esquecer tudo de ruim que aconteceu e só pensar nos nossos bons momentos juntos. E posso dizer que foram muitos.
Quem me conhece sabe da minha história, mas eu não me lembro de ter falado do Geraldo de Melo pai, aquele que me fazia dormir contando historinhas, que quando a luz acabava brincava de fazer bichinhos na parede com a sombra das mãos, que me ensinou a fazer castelinho de copos de plástico, que me trazia chocolate quase todos os dias, que me levava ao clube e ao parque só pra me ver feliz. Esse é o cara que eu mais admirei e amei. Outro dia conversando com minha mãe ela disse que quando bem pequena eu o esperava chegar do trabalho sentada no sofá. Ela tentava me levar para a cama, mas eu não ia porque eu precisava que ele me levasse e me desse um beijo de boa noite.

Pai tem um cheiro específico né? Eu não sei se o seu tem, mas o meu tinha. Cheiro de pai! Ás vezes quando estou sozinha eu sinto esse cheiro, acho que ele pode estar por perto, sei lá, me protegendo. Que loucura!

Pai, como eu gostaria que você soubesse que sim, eu te perdoei! Perdoei porque eu sei a culpa não foi sua. Se eu pudesse voltar no tempo te daria aquele abraço mais apertado e te daria um beijo. Mas o tempo não volta. Eu carrego seu sobrenome com orgulho de ser sua filha e espero que onde você estiver tenha orgulho de quem eu sou. Te amo e mesmo após esses cinco anos você ainda se faz presente. Guardo com carinho as nossas melhores lembranças e brincadeiras.

Portanto, ame seu pai, demonstre enquanto existe tempo, dê carinho, presenteie, o faça sorrir. A dor de perder um pai é muito grande, é uma cicatriz que não sara.

José de Castro ou Zezinho para os íntimos! =)
Eu tenho outro pai, que eu amo demais, esse é pai de coração. Não carrego o sobrenome dele, nem tenho o mesmo DNA, mas amo. Esse me criou e me ajudou quando eu mais precisei! É José de Castro, como diria minha mãe, se fossemos pai e filha não seríamos tão parecidos. Obrigada por fazer parte da minha vida. Não te coloco como substituto do Geraldo porque é algo insubstituível, mas porque eu não posso ter dois pais? Um de sangue, outro de coração! Amo os dois. Amo e sou feliz porque pude aproveitar o carinho de cada um no seu devido momento. 

Aos pais lindos que Deus me deu e a todos os pais do mundo;

FELIZ DIA DOS PAIS!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Telefonema


O telefone toca, vejo seu nome e o coração palpita de uma forma diferente.
Eu paro tudo que estou fazendo, tudo, só para te atender.
Quando te ouço, só ouço você.
Até mesmo quando não te ouço, sua voz habita meu subconsciente.

Eu atento, com a voz trêmula digo: _Alô!
Do outro lado você, só você, apenas você.
Um, dois, três, quatro, infinitos minutos não seriam suficientes para que eu pudesse me satisfazer de você.
Te ouvir me alivia, me tira do mundo, me leva a um lugar inabitável, você me faz bem.

Às vezes me sinto uma idiota. Ok! Você me deixa idiota.
Mas idiota no bom sentido, se é que existe bom sentido para idiota.
Bom, acho que nesse caso a palavra certa não seria idiota, e sim apaixonada.
Estou apaixonada por cada pedacinho de você.

Nada como ouvir sua voz antes de dormir...
Seu boa noite, seu carinho, sua voz doce!
Você me tira do sério, me deixa louca.
Louca e inspirada.
Me inspiro, expiro, respiro você!


domingo, 13 de maio de 2012

Mãe, você é muito mais que qualquer coisa que eu vá escrever aqui;
Você é além do normal;
Se existe uma palavra que signifique mais que mãe,
essa palavra é o seu nome, pois você é tudo na minha vida.

Jô, você é minha amiga;
Sabe das minhas angústias;
Dos meus medos;
Dos meus amores.

Jô, você é minha heroína;
Foi capaz de abandonar tudo pelos filhos,
Se fez forte, corajosa, sensata;
Encarou seus medos, lutou e venceu.

Jô, você é uma dádiva de Deus na minha vida;
Mulher perfeita, linda;
Exemplo de superação;
Minha fonte de inspiração e amor.

Jô, o que eu sinto por você vai além destas entrelinhas;
É amor, sabe?
Amor que dura, amor que vai além do fim;
Amor que eu jamais deixarei de sentir.

Jô, obrigada pela vida, pelas alegrias;
Obrigada por ser minha mãe;
Te amo além da vida.
Te amo, mãe.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Meu anjo


Eu não acreditava em anjo, até te conhecer;
Vem-me a pergunta: Mas anjos não têm asas?
Não, para que asas se com você as maiores aventuras são feitas na terra?

Eu não acreditava em anjo, até olhar nos seus olhos;
Olhar que penetra a alma, que cura qualquer tristeza;
Olhar que me faz sentir leveza.

Eu não acreditava em anjo, até ver o seu sorriso, lindo;
O mais doce e mais contagiante sorriso;
Com você, anjo, eu tenho vontade de sorrir também.

Eu não acreditava em anjo, até sentir seu toque;
O mais delicioso, forte e, ao mesmo tempo, suave toque;
Suas mãos protegem e cuidam, sim, elas cuidam.

Seu olhar;
Seu sorriso;
Seu toque.

Anjo existe;
Você existe;
Anjo, meu anjo.

domingo, 11 de março de 2012

Amor póstumo


11/03/2012 - Hoje fazem seis anos que o Geraldo de Melo faleceu. É tão estranho lembrar dele, de tudo o que aconteceu com nossa família.  As pessoas me dizem que eu deveria me lembrar apenas dos momentos bons. Eu tento, mas é quase impossível. Independente de qualquer coisa, é meu pai, e claro, dói perder alguém que esteve sempre ao nosso lado.

Ele não está aqui. Agora é tarde. Tarde para pedir: Pai, para de beber; Pai, fumar não faz bem.
Tarde para dizer: Pai, eu te amo.

Me lembro do nosso último abraço. Eu estava com muito medo, mas minha mãe disse:
_Abraça, é seu pai.
Ainda bem que abracei.

Bom, não sei se eu gostaria que ele estivesse aqui, mas doeu demais quando o perdi, e está doendo enquanto escrevo.

Pai, obrigada pela vida, pela família, por todas as alegrias.

E sim, pai, eu te desculpo por tudo o que você fez.

(Usei o espaço do meu blog para escrever o que eu nunca tive coragem de dizer para ele, o homem que me deu vida, nome, casa, família. Te amo pai, apesar de tudo, TE AMO.)

Hoje eu tenho um outro pai, não é o verdadeiro, mas o meu amor por ele é incondicional. Ele esteve ao meu lado em grandes conquistas e derrotas, ele me abraçou quando precisei. Ele está hoje com minha família. É nosso suporte, faz parte da nossa vida. Claro, não substitui-se um pai, mas, porque não podemos ter dois?

quinta-feira, 8 de março de 2012

Importante para mim

Perdi a fome.
Perdi a vontade.
Perdi o chão.
Ainda não te perdi, 
mas se isso acontecer, eu não vou aguentar.
Você é importante;
Eu só não sei te falar;
mas você é importante para mim.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Teletransporte


Se eu pudesse escolher um poder (daqueles que os mutantes têm) eu escolheria o teletransporte.
Não para futilidades, essas coisas de ir, conhecer outros lugares. 
Claro, isso seria bacana. Mas, sabe o que eu queria mesmo? 
Poder ter perto todos aqueles que, por algum motivo, tiveram que partir.
Eu iria visitá-los sempre, a saudade não seria tão dolorosa.
Não nos preocuparíamos com horário ou qualquer coisa do tipo, porque bastaria querer e estaria em casa.
Mas esse é apenas um sonho. Uma vontade. Um desejo.
Eu, na realidade, gostaria que os que eu amo não fossem para longe de mim. Mas é complicado. 
Complicado porque quem ama sou eu. E não quem vai.
Distância, que fique bem claro, eu não gosto de você.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Louca

Ouço sua voz e tremo, vejo você e suo. 
Sua presença me entorpece.
Minha vontade te afasta.
Você me têm nas mãos para o que quiser.

Se é loucura gostar.
Se hoje poucos querem se apegar.
Se nesse planeta ser tão apaixonada é sinal de insanidade.
Eu sou louca.

Não me condene por isso.
Se culpe.
Minha loucura só faz sentido por você.
Só por você.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lembra?


Você partiu. Não apenas para um lugar distante. Partiu também meu coração.
Quando te conheci foi tão engraçado, lembra?
Bastou uma troca de olhares.
Você disse que queria conversar comigo, e eu só queria você.
Te amei em segredo, me entreguei sem medo.
Nunca menti para você. Nunca. 
Agora, separados por um oceano imenso eu me pego pensando em nós.
Será que você ainda pensa em mim? Que tolinha! É claro que não.
Ainda sinto seu cheiro, o gosto do seu beijo. Ouço sua voz. Sinto seu cabelo macio, sua pele. 
Se o telefone toca, eu atendo sonhando que do outro lado, o "alô" venha de você.
Garoto, você foi a melhor, e a pior coisa que aconteceu na minha vida.

A dor

Um momento ruim e tu pensas em desistir. A ti são entregues tarefas a serem cumpridas. Não desistas. Conselhos, quantos conselhos tu já deste? E hoje? Já recebeste algum? Tua resposta não necessariamente precisa ser positiva.


O positivismo, muitas vezes, quantas vezes, parece ser diferente de um presente, que assola dias e dias sem que percebas quão boa é a vida que a ti foi entregue. Tu andas a pensar que tudo que envolve teus amigos é mentira, uma falsidade que corrói, destrói. Um fingimento que finge tão bem que até parece mentira. Mentira?


Tu resolves espalhar ao vento que a ti foi entregue uma vida sem sentido. Anda, pensa, anda mais, vê um pipoqueiro. Que sorriso, que lindo! Crianças chegam perto. Uma te entrega uma rosa:


_Uma rosa?
_Para ti, que pareces estar tão triste.
Um leve sorriso resolve sair em teu rosto.
_Obrigada. Qual o teu nome?
_Carlos, mas pode chamar Carlinhos.
_Obrigada, Carlinhos
O sorriso some. Tu despedes e sai.


O sol está se pondo, as crianças continuam brincando. O pipoqueiro continua lá, sorrindo. Tu resolves comprar um saquinho de pipocas. Será que ele vai sorrir para ti? É engraçado. Há um mês estava no mesmo lugar. Tu não consegues suportar. Dói pensar na dor. É estranho pensar.


A volta para casa é longa. Tu resolves caminhar. Pensas, repensas. Paras em uma banca de revistas. Será que ainda tem jornal? Por sorte sim. Resolves parar e ler.


Que dia é hoje? E voltas o olhar para a parte superior do jornal. Vinte de dezembro. Faltam cinco dias para o natal.


Natal? O que festejar? O nascimento de alguém que não estava ao teu lado quando mais precisaste? Quanta incoerência. Quanta solidão. Quanta vontade de gritar. Mas, ali no meio da rua? As pessoas olham. A vontade, tu pensas, é de te atirar no mar. Mas agora? Agora é tarde. Não tarde porque já passam das sete da noite.


Era vinte de novembro, ele brincava na orla da praia. O mar estava frio, bem frio. Te lembras de teres pedido para ele não entrar n'água. Ele desobedeceu. Por quê? Tu começas a lembrar do desespero, da aflição, da vontade de te atirar no mar. Mas não, tu não sabias nadar.


Tu paraste em frente ao mar. Pediste socorro. As pessoas chegaram, procuraram. Não, não eram teus amigos, eram desconhecido. De repente, tu viste um homem correndo com ele nos braços.


O homem colocou a criança na areia. Tu olhaste, pediste, gritaste, mas teu filho não respondeu.


_Infelizmente, ele não resistiu, disse o homem.
Tu choraste. Desconsolada, chamavas, não desistias. Tentavas.
_Carlinhos?
Teu filho não reagiu. Não respondeu, não chorou.
_Carlinhos?


Não adiantou. Teu filho morreu ali. E essa dor? Bom, essa é uma dor que não terá fim.


Tu fechas o jornal. Olhas para o mar. Covarde, levou teu filho, tua vida. Leva também essa dor. E te atiras.

Você

Quero estar com você. 
Quero amar você. 
Quero beijar, abraçar, sentir, tocar. 
Quero tudo com você. 
Preciso esquecer. 
Você.