domingo, 11 de março de 2012

Amor póstumo


11/03/2012 - Hoje fazem seis anos que o Geraldo de Melo faleceu. É tão estranho lembrar dele, de tudo o que aconteceu com nossa família.  As pessoas me dizem que eu deveria me lembrar apenas dos momentos bons. Eu tento, mas é quase impossível. Independente de qualquer coisa, é meu pai, e claro, dói perder alguém que esteve sempre ao nosso lado.

Ele não está aqui. Agora é tarde. Tarde para pedir: Pai, para de beber; Pai, fumar não faz bem.
Tarde para dizer: Pai, eu te amo.

Me lembro do nosso último abraço. Eu estava com muito medo, mas minha mãe disse:
_Abraça, é seu pai.
Ainda bem que abracei.

Bom, não sei se eu gostaria que ele estivesse aqui, mas doeu demais quando o perdi, e está doendo enquanto escrevo.

Pai, obrigada pela vida, pela família, por todas as alegrias.

E sim, pai, eu te desculpo por tudo o que você fez.

(Usei o espaço do meu blog para escrever o que eu nunca tive coragem de dizer para ele, o homem que me deu vida, nome, casa, família. Te amo pai, apesar de tudo, TE AMO.)

Hoje eu tenho um outro pai, não é o verdadeiro, mas o meu amor por ele é incondicional. Ele esteve ao meu lado em grandes conquistas e derrotas, ele me abraçou quando precisei. Ele está hoje com minha família. É nosso suporte, faz parte da nossa vida. Claro, não substitui-se um pai, mas, porque não podemos ter dois?

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